terça-feira, 3 de junho de 2008

Conceito de Casamento

Hoje quero falar um pouco disto.

Este "conceito", se é que lhe podemos chamar assim, sofreu variadissímas alterações nas ultimas décadas. Porquê? Não sei.



Eu estou casada há quase 15 anos e mais alguns, fugimos a muitos torpedos, enfrentámos tempos dificeis a vários níveis, sim...também já trememos mas...continuamos juntos.

Porquê?

Talvez porque a cumplicidade existe e claro, o sexo (não podia ser esquecido), continua quente, aventureiro e sempre mais imaginativo.

Penso que para muita gente, casar é parar de viver as emoções no "ponto".

É o ritual dos filhos, das contas por pagar, das preocupações com a escola, do sexo no quartinho do casal, sem chama e apenas porque "faz parte".



Bah!!!

O que é isto?!



Para mim, casar foi poder partilhar as emoções, as tristezas com alguém que tem sido até agora, a minha outra metade.

Juntámos as escovitas de dentes.Ao fim de alguns anos resolvemos ser pais e nessa altura, consolidámos a "coisa" com casamento de papel passado, e foi apenas por questões burocráticas.Não fizémos aquele festanço que normalmente faz parte do ritual e que só serve para gastar dinheiro. Nem tão pouco fizémos qualquer tipo de festa.

A festa é querermos estar um com o outro.



Enfrentamos o dia a dia com todas as suas dificuldades, mas...naquele momento em que nos entregamos, que é só nosso, não o desperdiçamos nunca.

Gostamos da clandestinidade, do "lavar do quotidiano". De vez em quando, vamos a um motel onde o ambiente é perfeito.Camas com véus, cadeira erótica, jacuzzi duplo, uns óleos indispensáveis e uma lingerie sexy...ESSE é o nosso momento. Ali somos apenas dois amantes.



Quando esse destino fica reservado ao nosso quarto (por questões logísticas), então, vamos preparando a noite com umas sms sexys e provocantes durante o dia, umas fotos pelo caminho "despidas" de preconceitos...Depois é o vale tudo! Até à próxima.



Assim tem sido o meu casamento.

Enquanto ssim for, poderemos chegar aos 20 anos de casados, que diga-se de passagem, já não falta assim tanto. Não quero preocupar-me a olhar para o amanhã, porque o hoje mesmo com todos os problemas não deixa de ser bom.

Não deixamos de ser pais conscientes, de ter contas para pagar, problemas por resolver...

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